Os jovens e seus caminhos- Jardim Botânico Plantarum
Criado pelo agrônomo Harri Lorenzi, o Jardim Botânico Plantarum em Nova Odessa, SP foi aberto para o
público em 2011.
Antes era (e é ainda ) uma editora (Instituto Plantarum) que publicava (e publica) importantes obras literárias sobre a flora
brasileira e sua rica diversidade, resultado de 35 anos de pesquisas e viagens botânicas promovidas por Lorenzi por todo o território nacional.
Uma referência nacional, Lorenzi criou este incrível espaço,
que é uma fazendinha dentro da cidade e vem desenvolvendo pesquisas e recebendo
público de todo o Brasil para a disseminação e conservação da flora brasileira. Há
um herbário com coleções de exsicatas (folhas secas prensadas), xiloteca
(madeiras), carpoteca (frutos secos) à disposição da comunidade científica
No Jardim 4000 espécies da flora nativa brasileira enchem nossos olhos e todos os sentidos com sua exuberância, textura, colorido, diversidade.
Estive lá no ano passado levando alguns jovens do PROJETO TRANSFORMAR promovido pela ACI Mococa, que busca dar novos horizontes a jovens do ensino médio. Dentro do curso de Paisagismo e Jardinagem, a visita era parte do programa, que tinha como parceira naquele momento a Escola Zenaide Pereto Ribeiro Rocha da Cohab II.
Percorremos jardins temáticos ( plantas de deserto, do
ecossistema do cerrado, palmeiras exóticas, PANCs (plantas comestíveis não
convencionais)), trepadeiras, plantas aquáticas, enfim um jardim exuberante como
é a nossa flora brasileira. Há uma coleção de esculturas sobre os mitos
brasileiros, espalhadas pelo parque, de autoria de diferentes artistas.
Interessante destacar
a importância de referências como essas para nossos jovens. Eles precisam ter vivências
em lugares de excelência como o Jardim Botânico Plantarum para experimentarem a
seriedade com que se tratam alguns assuntos, as possibilidades de uma vida
profissional séria, despertar o amor pela natureza e tudo o que ela nos
oferece.
.
Levá-los lá foi um prazer para mim, poder mostrar que existem opções fora de seu mundo às vezes tão limitado, abrir as portas da
sensibilidade e da esperança. Dar boas referências culturais para os nossos
jovens, afastando-os da imbecilidade das músicas estúpidas, das drogas, do
mundo fútil que os rodeia e que muitas vezes os arrastam para caminhos de
sofrimento.
.
Acredito que nossas cidades tenham também este papel, o de
oferecer boas referências e lugares saudáveis para o desenvolvimento das
pessoas, especialmente os jovens. Mococa precisa de um parque para receber a
população junto à natureza.
Temos tres parques potenciais que não se encontram urbanizados e apenas um (O Bosque da São Domingos) está aberto para caminhadas. Os outros dois (São Sebastião, no Jardim Lavínia e o São Francisco na Cohab 2) ainda estão fechados, mas reflorestados e encaminhados para abertura, quem sabe num futuro próximo.
MATIZA RIGOBELLO LIMA
paisagista
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